O fantasma da ruína econômica ronda este suspense/terror
Veja aqui a vídeo-resenha
Quem acompanha o blog sabe que sou fã de terror – o que significa que, nesse departamento, aguento muita bobagem (mas muita, muita bobagem) e, beeeem de vez em quando, tenho a satisfação de topar com um Arraste-me para o Inferno, ou Corrente do Mal, ou A Bruxa, ou Invocação do Mal. Mas persisto porque a verdade é que não há gênero mais ágil do que o terror, seja ele sobrenatural ou psicológico: com poucos recursos, pode-se conseguir o máximo de efeito – o que significa que é um gênero ideal para diretores que estão começando ou trabalham com baixo orçamento, e para atores que ainda não são conhecidos tentarem a chance de causar impressão.
Todos esses predicados se aplicam a O Homem nas Trevas, que está fazendo uma carreira espantosa na bilheteria americana. O uruguaio Fede Alvarez, que assinou o remake de A Morte do Demônio, se concentra aqui no essencial: três jovens comparsas que vivem de invadir casas e roubá-las encontram uma tentação irresistível – uma casa caindo aos pedaços num bairro completamente abandonado de Detroit, onde um homem cego vive sozinho e esconde uma fortuna de 300 000 dólares. Parece tão fácil. E lógico que vai se provar catastroficamente difícil. Ou seja, temos aí quatro atores, uma locação e quantidades copiosas de desenvolvimento – de personagens, da situação, da locação.
Como em Corrente do Mal, o fantasma da ruína econômica ronda O Homem nas Trevas (os dois, inclusive, se passam em Detroit, que depois de ser a riquíssima sede da indústria automotiva americana hoje vive um estado de total bancarrota). Almas inquietas e psicopatas são assustadores, mas não se comparam a esse medo cotidiano – o da dureza e do fim de linha.
Eu estou muito ansioso para assistir esse filme. Gosto de absurdos – mas não sei o que me espera; adorei a resenha – como sempre é adorável; e Fede fez um dos melhores do gênero com a refilmagem de A Morte do Demônio.
Ao que tudo indica, Fede vai emplacar algum novo projeto, já que O Homem nas Trevas está sendo um enorme sucesso. Isso também é muito bom.
Forte abraço!
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É verdade, acho que vc não lembrava que Jany Levy é a atriz principal de A morte do demônio.
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Isabela, gostaria muito de saber sua opinião sobre o filme Aquarius. É o filme mais falado momento. Ainda vai ter alguma crítica sobre ele ?
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Isa, amei sua crítica e estou mega ansioso para conferir o filme! Você só não associou que essa atriz, a Jane Levy, participou da refilmagem de Evil Dead 3 anos atrás! Acho que ela já se tornou queridinha do diretor.
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Eu também adoro filmes de terror, mas tenho estado mais cauteloso em relação ao gênero, sempre buscando antes uma boa crítica pra evitar a sensação de sair irritado do cinema. Já vi que O Homem nas Trevas (e que tradução aquém do contexto se comparada ao original “Don’t Breathe”) não é perfeito, mas é daqueles filmes que valem a pena ser assistidos. Gostei muito do remake de A Morte do Demônio e estou certo que Don’t Breathe também vai agradar.
Da mesma forma, espero do fundo do coração que, na próxima semana, Bruxa de Blair faça jus ao filme original. A hipótese de ser tão bom quanto é, na minha concepção, praticamente nula, pois já foram gastas as ferramentas que fizeram do original um filme tão atraente. Não obstante, tenho expectativa de assistir um filme que faça referências respeitosas, pelo menos.
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Viver num país de Terceiro Mundo é viver sob permanente TERROR.
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