Do paraíso ao inferno: a via-crúcis de Mel não termina nunca

Herança de Sangue, um desses thrillers de vingança muito sujos e malvados, sobre um pai que arrebenta enquanto tenta salvar a filha das garras de um cartel, não é o filme em que eu queria ver Mel Gibson em 2016. Mas talvez seja o único tipo de filme que, por um bom tempo ainda, ele possa estrelar: fãs de divertimentos ultraviolentos e cínicos como este talvez estejam entre os poucos espectadores que olham para Mel e não pensam imediatamente nos episódios escabrosos com que ele pôs sua carreira a pique – ou pensam, mas não se importam tanto. A mim, porém, já começou a doer isso de vê-lo explorando em um papel no cinema as coisas feias que passaram a ser associadas à pessoa dele: a violência, a ira, o racismo, o alcoolismo. Não sei se eu deveria me sentir mal por ele se sujeitar a esses papeis (ou procurá-los, não sei); Mel só tem a si mesmo a culpar – e como tem a se culpar! – por as coisas terem chegado onde chegaram. Mas, sim, me sinto mal.

Antes de tudo isso, Mel era conhecido como um sujeito absolutamente especial: um astro que era também – ou sobretudo – um ator magnético, imprevisível, destemido, de talento feroz, e de personalidade cativante dentro e fora do set, capaz de conquistar amigos para a vida toda num ambiente em que isso não é regra, e que tratava todo e qualquer membro de sua equipe com a mesma consideração e o mesmo senso de humor brincalhão. Quando eu editava a revista SET, a colega Elaine Guerini foi visitar a filmagem de Coração Valente para fazer uma matéria para nós. Ficou encantada: Mel fez festa para ela o dia inteiro (só para esclarecer, isso está muito longe de ser comum). Também não dá para deixar de lembrar que ele era, além disso, lindo – em O Ano em que Vivemos em Perigo, por exemplo, ele é de uma beleza atordoante.

São dois os eventos mais conhecidos, e verdadeiramente deploráveis, da trajetória de Mel: em 2006, parado pela polícia por dirigir embriagado, ele embarcou numa medonha vituperação anti-semita (um dos policiais tinha sobrenome judeu) que, claro, viralizou. Como a coisa toda já veio na esteira do brutalíssimo e nitidamente anti-semita Paixão de Cristo, e foi seguida de muitas outras declarações infelizes, não dava para fingir que se tratava de um rompante isolado. Em 2010, o negócio azedou de vez: caiu na rede a gravação de uma longa conversa telefônica em que Mel atacava com insultos terríveis sua ex-namorada, Oksana Grigorieva – gravação que foi acompanhada por denúncias de agressões físicas (conta que até a filhinha do ex-casal teria sido acidentalmente atingida por um soco), e mais ofensas e processos de parte a parte. Preconceito e abuso doméstico são um coquetel venenoso, e a carreira de Mel se extinguiu instantaneamente sob efeito dele.

Mel Gibson é – ou pelo menos era – atormentado por demônios poderosos, em boa parte herdados do seu pai. Primeiro, um catolicismo de inclinação medieval (tanto ele como seu pai já atacaram o Concílio Vaticano II, de 1963, com o qual a Igreja católica se libertou oficialmente do anti-semitismo e também abandonou a ênfase no pecado e na fixação com o martírio de Cristo, preferindo sublinhar as lições éticas e espirituais da pregação de Jesus). Na esteira disso, vêm o machismo, a reprovação a toda e qualquer conduta que fuja desses padrões morais retrógrados (por exemplo, a homossexualidade) e uma tendência à cólera que, a certa altura, o abuso de álcool tirou de controle.

Com tudo isso, alguns dos amigos que Mel fez ao longo da vida permanecem absolutamente fiéis. Robert Downey Jr., que entende de segundas chances, já argumentou várias vezes que Mel nunca teve a dele, mas a merece. (Quando ninguém dava emprego a Downey, logo que ele saiu da prisão, Mel ofereceu de presente a ele o papel principal em Crimes de um Detetive, e pagou do próprio bolso o seguro para que ele pudesse atuar.) Jodie Foster sai em sua defesa em toda e qualquer ocasião, e em 2011, quando Mel era considerado figura tóxica no cinema americano, ela o dirigiu em Um Novo Despertar. (veja aqui a resenha porque tem tudo a ver com o assunto deste post.)

Também George Miller, o diretor de Mad Max e descobridor de Mel, perdeu o rebolado e ficou perto de chorar quando, numa entrevista coletiva no lançamento de Estrada da Fúria, um repórter atacou o ator; Miller tentou até o último momento manter Mel como protagonista de Estrada da Fúria, e só desistiu quando constatou que a presença dele seria o fim categórico de qualquer financiamento à produção. Mel atrai lealdades inflexíveis (e não lealdade de fanáticos, que não significaria muita coisa). Uma pessoa que é capaz disso não pode ser só errada; tem de haver algo de certo nela também, acho eu. No episódio das acusações de Oksana, a ex-mulher de Mel, Robyn, com quem ele foi casado por quase trinta anos e com quem teve sete filhos, fez questão de ir a público dizer que nunca houvera nem sombra de violência ou abuso no casamento deles.

Mas as pessoas mudam, e em dado momento, por algum motivo, o lado solar que se conhecia de Mel foi sobrepujado pelo seu lado pesado, mercuriano. Como o tormento, porém, não é um transtorno mental, fica difícil dar desconto às atitudes feias de Mel; nada indica que ele não estivesse de posse de suas faculdades quando as cometeu. Ainda assim, me parece que as pessoas que ele magoou, ofendeu ou agrediu, física ou verbalmente, não são o alvo verdadeiros dessas atitudes, mas sim o triste dano colateral produzido por Mel no cumprimento de sua missão real, que é autodestrutiva e autopunitiva. Posso estar completamente enganada, claro, mas a sensação que tenho ao ver filmes como Herança de Sangue é a de que ele está pondo nos pés trocados as sandálias da humildade – ou seja, assumindo tudo de pior que se espera dele na esperança de que isso sirva como ato de contrição. É um mea culpa torto, equivocado. Mas também pode ser simplesmente que ele queira ou precise trabalhar, e isso é o que resta. No ano passado, ele fez algo muito diferente: trabalhou como diretor de arte em um filme chinês de guerra, The Bombing, que deve ser lançado na China no final de setembro.

Mel está, também, tentando tomar as rédeas de uma guinada e fazer um retorno ao centro vivo da indústria de cinema. Alguns dias atrás, ele mostrou no Festival de Veneza seu primeiro filme como diretor em dez anos (desde Apocalypto, de 2006, cuja resenha você pode ler aqui). Hacksaw Ridge, que deve ser lançado no Brasil em janeiro, trata de Desmond Doss, soldado paramédico na Batalha de Okinawa, na II Guerra, que se recusou a pegar em armas e se tornou o primeiro (e, até onde eu saiba, o único) praticante da objeção de consciência a ganhar a Medalha de Honra, a mais alta honraria militar americana. A Variety descreveu as cenas de batalha como “um cataclismo de terror” dentro de um filme que é, no seu âmago, “um rito de renúncia”. Ou seja, Mel continua Mel, dividido no apelo que encontra na história de Doss – por um lado, a recusa da violência e um pedido público de perdão; por outro lado, a carnificina da guerra e as suas infinitas possibilidades de martírio. Os anjos e demônios de Mel continuam em guerra. Mas, pela primeira vez em muito tempo, os anjos talvez consigam, quem sabe, levar a melhor.
Trailer
HERANÇA DE SANGUE
(Blood Father)
Estados Unidos, 2016
Direção: Jean-François Richet
Com Mel Gibson, Erin Moriarty, William H. Macy, Diego Luna, Michael Parks, Thomas Mann
Distribuição: Califórnia
Como era lindo! Pena que a ação do tempo…
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Adorei o texto, Isabela! Tenho 29 anos e me lembro da primeira vez que assisti Mad Max (em VHS) tinha uns 14 anos. Logo depois, assisti todos os filmes que pude do Mel Gibson, o carisma dele era/é hipnotizante. E você tem razão, a beleza dele em O Ano em que vivemos em Perigo é surreal (nem Alexander Skarsgard supera, rs). Espero que um dia ele encontre a redenção e volte ao topo!
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Cadê a crítica do filme?! Não interessa a digressão pessoal que Isabela Boscov fez para avaliar a persona do Mel Gibson, ela desperdiçou o essencial: avaliar a qualidade do filme, o que inclui a ATUAÇÃO do Mel Gibson.
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A intenção da matéria era justamente analisar o ator e seus tormentos.Abs.
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Ótima crítica Isabela, espero sua resenha sobre o filme Homem nas trevas, uma tendência que tá bombando nesse ano que é filmes econômicos e enxutos como os filmes Rua Cloverfild 10, A Bruxa, Águas Rasas.
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Já está hoje no Blog.
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Kd a crítica de Aquarius?
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Eu também estou procurando…
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Isabela,
Depois do Desmond Doss, vieram ainda Thomas Bennet e Joseph LaPointe Jr. como recipientes da Medalha de Honra, também médicos, por suas atuações na guerra do Vietnam, porém ambos postumamente.
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O grande problema – para as outras pessoas, claro – de Mel Gibson é ele ser muito parecido como todos os outros homens e seres humanos. Ou seja, cheio de falhas, de culpas, de temores… Enfim, um ser humano atormentado pelo que fez e o que deixou de fazer. E isso Hollywood não perdoa. A capital do cinema vive de lendas(e de criá-las) e quando alguém foge de padrão pré-estabelecido pela indústria, eles detonam. A indústria cinematográfica norte-americana vive e produz ídolos. Isso vende, e quando as coisas desandam eles os destroem da mesma forma que os ajudaram a esculpir suas imagens de semi deuses incólumes e perfeitos. Gibson pode ser acusado de tudo – e o ator, produtor e diretor cometeu vários equívocos em sua vida, muitos deles debatidos em rede nacional, como bem ilustra a matéria de Boscov – mas de uma coisa ele não pode ser acusado: de enganador. Talvez por isso cause tanta fúria em seus detratores.
A senhora Isabel Boscov, (desde os tempos de Set) tem uma visão cooptada sobre o grande cinema americano. A matéria é de uma preguiça atroz. Se resume a um feminismo pueril e a uma orientação espiritual afetada. Afetada pelos trejeitos da auto-piedade. Adoram serem tratados como coitadinhos. Nem as vítimas(sobreviventes) ao nazismo gostam deste discurso de pobre coitados e muitos deles, apesar de toda a violência sofrida, seguiram suas vidas e não precisam de jornalistas mal informadas e preguiçosas, os quais, só fazem repetir o discurso oficial, sem nenhuma consciência crítica ou mesmo algum apuro profissional.
Texto raso, tendencioso e pobre em conteúdo. O que acabou com publicações como a Set foi este tipo de jornalismo, isto é, confuso, truncado e tendencioso.
As pessoas, senhora Isabela, não são sempre tolas e não engolem mais este discurso dos que tentam abraçar a tudo e a todos.
Sou muito mais um Mel Gibson a um Brad Pitt. Gibson não usa carapuças, não veste agasalhos ele é assim gostem ou não….
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Feminismo pueril? Jornalismo desinformado? Discurso de pobre coitado???
Como tem gente imbecil nesse mundo.
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Realmente Fernanda, concordo com você…
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Como tem gente imbecil nesse mundo II.
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Vc poderia ter exposto sua opinião sem ter usado de ofensas tão injustificadas (chamar a jornalista de mal informada, preguiçosa, feminista pueril… é um pouco demais). Acho que vc é um fã cego, daqueles que colecionam pôsteres nas paredes do quarto e não quer ouvir falar um ai do ídolo. Um psiquiatra pode resolver essa paixão recolhida.
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Não a ofendi. Expus minha opinião. Conheço o texto da senhora Isabel Boscov dos tempos da Set e de Veja, e não é sempre que discordo de suas analises sobre cinema. Mas esse texto, pra mim, é de uma ingenuidade incrível. Ele só repete o que já foi dito. Não trás nada de novo. É tendencioso e malicioso pois julga a figura de Mel Gibson e não é esta a função do jornalista, principalmente quando não atua na área analítica, ou seja, produzindo ensaios.
Ela aproveitou-se de um ardil, a crítica sobre o filme, para destilar todo seu ódio sobre a figura do ator, que provavelmente mal conhece e segundo ela mesmo diz, outrora era um cara bem legal.
Com relação aos problemas enfrentados pelo ator, só ganharam grande vulto pelo fato de ser uma pessoa conhecida.
Então, Adriana, te pergunto: Quem de nós, ao brigarmos por amor ou pela simples incompreensão daquilo pelo qual estamos passando, não fala coisas ou age de uma maneira totalmente desproporcional? E da mesma forma contundente em que desferimos nossa ira a quem amamos, da mesma forma eu disse, nós nos arrependemos?.
A mídia marrom, Adriana, adora explorar isso. Não só no EUA, no Brasil também vide a disseminação de sites de fofoca espalhados por toda a internet. Não estou dizendo que Mel é santo. Estou dizendo que eu não sou santo e provavelmente você também não é. Somos humanos. Estamos sujeitos a mudanças de humor e comportamento. O que acontece, e é aí a minha crítica, é este endeusamento de figuras públicas como se elas não cometessem os mesmos erros que nós mortais. O nome disso, Adriana, é “Culto a Personalidades”. Esse seja, talvez, o maior equívocos de idólatras(não o meu).
Acredite, Adriana, Mel Gibson está mais próximo do que poderá vir a ser seu marido ou seu namorado do que um Brad Pitt virá a ser… E se acredita em príncipes encantados, talvez, quem precise realmente de um psiquiatra seja você… Abraços…
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Minha querida, você é uma critica de cinema ou uma Pseudopsicóloga ao serviço da detonação escancarada de um ser humano com tantos defeitos nas suas costas como qualquer mortal encarnado neste plano de animais racionais. Queremos saber sobre o conteúdo do filme e nãos sobre fofocas baratas de tabloides medíocres .
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Acho que a reportagem fui direcionada apenas as coisas ruins da vida do ator. Falar que Mel Gibson ta acabado profissionalmente é sinal de que essa jornalista pouco e não sabe o que fala. Assista ao trailler do filme Hacksaw Ridge que será dirigido por ele. Jornalista fraca essa. o UOL necessita colocaral guém que entenda do ofício para fazer essas resenhsa.
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Resumindo o texto :
“Alguns dias de fúria”
Alusão ao titulo de um filme de Michael Douglas, problema não é errar, é saber que estamos passando do limite e não fugir, ficar e perder a razão .
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Já que todo mundo pode meter a colherzinha torta nesse caldeirão, apenas permita-me acrescentar:
1 – O próprio Mel Gibson admitiu o óbvio: que ele NÃO TEM TALENTO DRAMÁTICO tão grande como tantos dizem. Quando foi informado que foi elogiado por mais um crítico por sua atuação como “Hamlet” de Franco Zeffirelli (um equívoco óbvio e uma piada pronta) ele respondeu: “Ótimo. Enganei mais um.”
2 – Religião nunca tornou nenhuma pessoa melhor. Muito pelo contrário. O Islam inteiro é a maior prova disso.
3 – Cristianismo X Judaismo foi o mais longo caso de paixão não-correspondida na História Humana. A decisão do Concílio Vaticano II de a Igreja Católica deixar de atacar os judeus depois de 1900 anos de ódios, preconceitos, discriminações, perseguições, massacres e genocídios, foi a mesma de um filho birrento e bastardo que precisou parar de espancar seu próprio pai só porque este nunca lhe reconheceu a paternidade nem apresentando o exame de DNA.
4 – É no mínimo uma contradição ambulante um sujeito acusar de “inferioridade racial” a própria ex-namorada eslava. Albert Einstein também cometeu essa estupidez insana.
5 – Jodie Foster é mais inexpressiva do que a porta da minha geladeira. Pelo menos esta tem um monte de carinhas impressas nos ímãs decorativos.
6 – Este artigo de Boscov é PERFEITO ao cumprir o objetivo em seu longo e ambicioso escopo de investigação, informação e discussão. Um caso de cartilha, a ser estudado e servir como material de consulta. Objetivo ao informar, mesmo sem esconder a subjetividade da articulista. Impecável no rigor da Língua Portuguesa. Firme em sua atitude de sempre manter o foco. “Justo e equilibrado” como a única emissora noticiário de TV que eu assisto, com 90% da audiência e de credibilidade, a brilhante Fox News.
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Triste ler esse post, sou seu fã Isabela, continuo sendo, mas por favor vamos ser honestos, quantos e quantos atores são podres em suas vidas pessoais, quantos artistas são fascistas de maneira sutil e disfarçada, o cara errou feio, mas dai pra ficar analisando seus filmes e trabalhos a luz da sua vida pessoal, “pelo amor né”, se fosse assim então Marlon Brando deveria devolver suas estatuetas por ter sido um estrupador e John Wayne um fascista declarado matador de peles-vermelha. Vamos criticar a índole mas não vamos misturar as coisas, da um tempo.
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Todo mundo sabe que o Mel Gibson é maluco mas no fim todo mundo gosta dele!
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Desculpe-me, querida Boscov, mas o novo filme não tem nada a ver com expiação de culpas. É apenas o velho Mel Gibson gastando os seus hormônios. Depois, há que se separar o ótimo ator do homem catolico conservador. Seja uma crítica de cinema, não uma psicóloga de NY.
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Assino embaixo.
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Um homem contra Hollywood?
Fico do lado dele. Hollywood acabou com a carreira de Jim Caviezel também. Quais são as atrocidades dele?
Mel Gibson errou? Quem em Hollywood não erra? Anti-semita? Quá Quá…acho que hoje existam mais anti-Cristãos. Resolvido: Fico do lado dele.
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Isabela,
Você usa o mesmo critério para analisar os filmes de Roman Polanski?
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Bufo! Duvido ela responder essa!
Aliás, ela nunca responde os leitores. Ainda vive a época da veja…
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Sou fanzaço do Mel Gibson como todo garoto que nasceu no começo dos anos 80 e acompanhou boa parte da carreira dele, incluindo seus poderosos filmes como diretor, que muitos podem não gostar, mas impossíveis de ficar indiferente (e isso, pra mim, já é notável).
Na minha opinião, o que pegou mal mesmo foram as declarações antissemitas de Mel, lamentáveis, mas especialmente fatais numa indústria comandada essencialmente por judeus.
Porque encher a cara e agredir mulher nunca foi um problema lá muito sério para essa mesma indústria. Sean Penn e Alec Baldwin, que tiveram suas segundas chances, que o digam.
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Quero ver uma pancada dessas no Woody Allen, Tom Cruise e Johnny Depp… tá fácil chutar cachorro morto.
Procure saber por que Brandon Routh também caiu no ostracismo.
#segueojogo
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O primeiro parágrafo dessa matéria não disse nada espantoso a respeito do Mel Gibson, apenas sobre o próprio escritor.
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Perfeito. Esse artigo é um festival de preconceito, presunção, arrogancia, julgamentos… que coisa horrorosa.
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A única coisa mais impressionante que todos os erros cometidos por Mel Gibson é a sua inacreditável capacidade de julgá-lo, a cada linha do texto, Isabela. Quem você pensa que é para acreditar que cabe a você proferir tais julgamentos? Talvez antes do Mel Gibson, você devesse colocar as sandálias da humildade.
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No Brasil, criticam tudo………Tem culpa o m.gibson se os personagens dele são violentos…….????.ele é excelente ator revelou se um ótimo diretor, poisfazer apocalitpo não é para qualquer um ….o dialeto maia , as cenas….M.gibson é versatil e nos papéis onde o ator precisa ser eclético ele se destaca…….ator otimo diretor idem…………….vão querer o que dele? quie ele faça estes filmes horriveis sem pé e sem cabeça de hoje ?…..
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agora entendo pq dizem que o Silvio Santos fiz que evita a mídia por medo de morrer…
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Bem que ele podia ser só diretor. Acho Apocalypto brilhante. Em termos de ação é nota 10.
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Cadê a crítica do filme “Herança de Sangue” ? Você fez uma reportagem sobre o Mel Gibson e esqueceu completamente a crítica!
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Ele é muito bom mesmo.
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queria vê-lo como willian kermitt hodges
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Exato, a Dra. em psicanalise, tendo atuado juntamente ao referido ator por anos e conhecendo-o pessoalmente, como apenas ela o conhece, tem toda a razão! Internet faz isso, todos tem opinião e dão pitacos na vida de todos, inclusive eu!
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Mto bom seu artigo.
E acredito e espero numa reviravolta de Gibson. É um ator com voz e postura inigualáveis.
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Mas que monte de asneiras incongruentes e paradoxos. Ele está fazendo o ofício dele. Não confunda o que na vida particular dele incomoda a voce e suas convicções. Você é uma crítica de cinema ou um juiz do final dos tempos. Voce escreve refinadamente; por favor, refine seu foco.
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Não é segredo nenhum que ele perdeu espaço em Hollywood por sua conduta na vida pessoal. É impossível analisar a obra sem analisar a vida, ficaria sem contexto.
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texto bem redigido, mesmo. Só quem lia a SET pode se lembrar dos tempos em que Mel Gibson e Jodie Foster faziam a gente correr pra banca! Eu tinha aquela revista de quando lançou “Maverick”, eu amava a Jodie Foster.
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Gosto muito de suas críticas e matérias mas estou sentindo falta de sua crítica sobre o Filme Aquarius. Não entendi porque a senhora não o fez. Todos os grandes críticos e veículos o fizeram. Amei o filme e gostaria muito de ver suas análises e observações. Fico então na esperança… Abraço.
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Fico na duvida se o personagens violentos que ele assumiu no passado contaminaram ele ou são só uma amostra do que ele realmente é.
Quando se olha para dentro do abismo, o abismo também olha para dentro de você.
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Já que o colega citou o grande filósofo ateu militante Nietzsche, convido-o a visitar o meu site, aqui linkado ao meu nome.
Apenas permita-me acrescentar:
1 – O próprio Mel Gibson admitiu o óbvio: que ele NÃO TEM TALENTO DRAMÁTICO tão grande como tantos dizem. Quando foi informado que foi elogiado por mais um crítico por sua atuação como “Hamlet” de Franco Zeffirelli (um equívoco óbvio e uma piada pronta) ele respondeu: “Ótimo. Enganei mais um.”
2 – Religião nunca tornou nenhuma pessoa melhor. Muito pelo contrário. O Islam inteiro é a maior prova disso.
3 – Cristianismo X Judaismo foi o mais longo caso de paixão não-correspondida na História Humana. A decisão do Concílio Vaticano II de a Igreja Católica deixar de atacar os judeus depois de 1900 anos de ódios, preconceito, discriminações, perseguições, massacres e genocídios, foi a mesma de um filho birrento e bastardo que precisou parar de espancar seu próprio pai só porque este nunca reconheceu a paternidade nem apresentando o exame de DNA.
4 – É no mínimo uma contradição ambulante um sujeito acusar de “inferioridade racial” a própria ex-namorada eslava. Albert Einstein também cometeu essa estupidez insana.
5 – Jodie Foster é mais inexpressiva do que a porta da minha geladeira. Pelo menos esta tem um monte de carinhas impressas nos ímãs decorativos.
6 – Este artigo de Boscov é PERFEITO ao cumprir o objetivo em seu longo e ambicioso escopo de investigação, informação e discussão. Um caso de cartilha, a ser estudado e servir como material de consulta. Objetivo ao informar, mesmo sem esconder a subjetividade da articulista. Impecável no rigor da Língua Portuguesa. Firme em sua atitude de sempre manter o foco. “Justo e equilibrado” como a única emissora noticiário de TV que eu assisto, com 90% da audiência e de credibilidade, a brilhante Fox News.
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olha 90% dos filmes dele tem violência e etc. Serio, nem acabei de ler o artigo pq nao entendi nada.
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È isso. Continue a deixar as coisas sem ler, e continuará a não entender nada.
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Melhor resposta!
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Achei a síntese muito boa, porém acredito que casos piores na indústria cinematográfica, principalmente em Hollywood já aconteceram e foram bem piores que os comentários de um bêbado e o caso de violência doméstica de uma interesseira que no fim de todo os acontecimentos entre o ex-casal, percebe-se que o único objetivo dela sempre foi arrecadar dinheiro. Não estou sendo machista, então não me entendam mal, não tem desculpa uma violência doméstica, mas para quem acompanha tudo que tem acontecido entre os dois e as várias ações que ela já perdeu no tribunal, sabe que se trata de uma interesseira. Voltando ao assunto principal, Mel Gibson, o cara já fez vários filmes maravilhosos, ganhou muito dinheiro e fez muita gente em Hollywood ganhar. O que fico chateado é de muita gente ter virado as costas para ele. O que ele fez de errado ele pagou com a justiça, e mesmo depois de alguns anos as pessoas não conseguem dar chance para ver o trabalho de Mel Gibson. O cara é filantropo, já ajudou muita pessoas com muito dinheiro, mas as pessoas só lembram do Mel como o cara que bate em mulher e fala besteira sobre Judeu. É uma pena ver um cara que fez tantos filmes bons como Coração Valente, O Homem sem Face, Apocalypto e A paixão de Cristo não ter chance de fazer, contar ou dirigir novas histórias, ou seja, quem perde somos nós, amantes de bons filmes.
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Isabela , O Mel Gibson é vai ser no cinema um dos maiores , acho que a vida particular dele não ao caso , o filme herança de sangue tem seu publico , e não respeitar esse publico é coisa de críticos que se acham acima do bem e do mal , cinema é entretenimento , antes criticavam muito o Clint Eastwod e hoje ele é o maximo , mas pra mim ele sempre foi muito bom.
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É um ator esperar o que ? Apenas dramaturgia
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que belo artigo! muitíssimo bem redigido, li com atenção até o fim. parabéns! gosto muito de mel gibson como ator, lamento o rumo que ele deu à sua própria carreira.
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Ótima síntese. Resumindo, um ser humano de erros e acertos.
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