Chegando em DVD, on-demand, no Netflix…
Não sabe o que ver? Confira aqui as novidades da semana para curtir em casa
É rara a semana em que se pode recomendar tantos filmes, mas esta aqui está uma beleza. A estreia mais forte em on-demand e DVD é, claro, Rua Cloverfield, 10, um exemplo de economia e eficiência. O filme produzido por J.J. Abrams tem só três atores e um cenário. Mas é impressionante a quantidade de suspense e de ação que cabem no bunker subterrâneo em que a ótima Mary Elizabeth Winstead vai parar depois de um acidente de carro, e do qual ela não pode sair porque John Goodman insiste que o mundo lá fora acabou. Tem gente que não curte o final; eu acho que tem tudo a ver. E, falando em final… você nunca vai adivinhar o desfecho do suspense Memórias Secretas, sobre um velhinho com Alzheimer que tem que se vingar do nazista que, décadas antes, matou sua família em um campo de concentração. Sem falar que a atuação de Christopher Plummer é um arraso.
Minhas três outras indicações têm muito drama, todo ele providenciado por diretores franceses. O ator novato Rod Paradot brilha em De Cabeça Erguida como um delinquente juvenil que parece não ter salvação, apesar dos esforços dos assistentes sociais e da juíza lindamente interpretada por Catherine Deneuve. O magnífico Vincent Lindon é também a razão de ser de O Valor de um Homem, no papel de um operário cinquentão que perde o emprego e tenta desesperadamente se recolocar. Já Robert Guédiguian, um dos meus cineastas franceses favoritos, pinta numa tela bem maior em Uma História de Loucura: começando na década de 20 e prosseguindo até os anos 80, ele fala do genocídio armênio pelos turcos e das repercussões da tragédia pelas gerações seguintes. E, de novo: que final sensacional tem o filme.
Clique nas fotos abaixo para ver as resenhas.
(DVD e on-demand)

(on-demand e Netflix)

(on-demand e Netflix)

(on-demand)

(on-demand)

Acho “Rua Cloverfield, 10” um filme cheio de buracos e forçações de barra absurdas. Este foi um roteiro escrito para ser outro filme q JJ Abrahans modificou e enfiou o final e as alterações à forceps. Nota-se claramente que o papel do rapaz foi inserido depois do primeiro roteiro escrito, e não tem muita função no filme, até a justificativa para ele estar no bunker é completamente furada. Um dos inúmeros furos: o bunker tem um gerador que dá problema nos primeiros dias e quem projetou não pensou em deixar um acesso para reparo do gerador? A garota precisa rastejar por um duto de ar até lá? Como? O cara pensou em tudo e não pensou que um equipamento deste tipo pudesse dar problema? E por aí vai. Eu esperava muito mais e fiquei bastante decepcionado. O final até gostei, mas não do desenvolvimento.
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Bem-vindo ao mundo encantado e mal planejado de JJ Abrahams.
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Lembrando de Lost, eu quase concordo com vc mas tem resposta pra tudo nessa vida até pra origem do universo, se a resposta é convincente, aí já são outros 500. Um bunker tem um espaço mínimo, manter-se isolado do ponto de armazenagem de combustível pode ser um ideia e tanto qdo nao se tem para onde fugir.
**SPOILER **
Tanto é que, no final do filme, o lado do bunker onde eles habitam pega fogo, que se alastra, chegando até o gerador. A explosão “vaza” justamente pela escotilha (aliás, autorreferência que adorei).
** FIM SPOILER**
Mas sou fã de Lost, de ficção científica com aventura e suspense, e do JJ, e ainda relevo muita coisa pelo encantamento com o final à la Spielberg e Zemeckis.
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