“O IMPERADOR E O ASSASSINO”: TUMULTUADO E COMPLICADO COMO A GUERRA

Passado no século III a.C., o épico de Chen Kaige pode ser entendido como uma parábola sobre a ascensão de Mao Tsé-tung

Em O Imperador e o Assassino (Jing Ke Ci Qin Wang/The Emperor and the Assassin, China/França/Japão, 1999), o diretor chinês Chen Kaige parte de um episódio histórico real e supera até seu trabalho mais célebre, Adeus Minha Concubina, de 1993. No século III a.C., o rei Ying almeja unificar a China e tornar-se seu imperador. Para tanto, manda sua mais querida concubina (a bela Gong Li) contratar um matador. O objetivo é forjar uma tentativa de assassinato: salvando-se, o imperador parecerá invencível a seus inimigos. Só que o soberano se torna cada vez mais truculento, o que enche a concubina de repugnância. Pior: ela se apaixona pelo assassino (Zhang Fengyi, excelente). O filme não é fácil de acompanhar, mas cresce em interesse a cada minuto. Visualmente, é um espetáculo, tão estranho quanto opulento. E, por fim, pode ser entendido também como uma parábola sobre a ascensão do líder comunista Mao Tsé-tung.

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