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House of Cards – A 4ª Temporada

Frank Underwood tenta, mas não consegue ser tão ruim quanto Donald Trump. Pelo menos Frank é de mentirinha


Atenção: este texto não tem spoilers da quarta temporada, mas menciona (por cima) acontecimentos importantes das três temporadas anteriores.


Para mim, é sempre uma das melhores semanas do ano: eu me sento diante da TV e, por treze vezes, assisto àquelas vistas em time-lapse de Washington, editadas à perfeição com a música-tema magnífica de Jeff Beal. Nunca pulei nem avancei a abertura de House of Cards, porque ela me põe no estado de espírito exato para ver as maquinações sinistras de Frank Underwood (e ainda me dá, não sei, uma melancolia…). E daí, lá pela trigésima vez, finalmente saquei qual o elemento estranho da abertura. Antes de mudar de parágrafo, pense se você também já percebeu o que ela tem de diferente:

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Kevin Spacey e Robin Wright

Não há nenhuma pessoa em cena. Nem uma única figura humana, nem sequer de relance – exceto pelas estátuas. Você vê o movimento dos carros, das luzes, das nuvens, mas gente não há. É o tipo de concepção brilhante de que David Fincher é capaz: uma série sobre o poder em que você vê a sede desse poder nos seus símbolos (como os monumentos e o Capitólio) e também nas suas paisagens mais feias (como as beiras de rio cheias de lixo e os baixos de viadutos) – mas desde a abertura esse poder é retratado como uma entidade para a qual as pessoas não existem; elas simplesmente não entram no cálculo. Repare também que sempre – sempre – que uma “pessoa comum” aparece na série, alguém que não é político, lobista, gerente de campanha ou jornalista, essa pessoa está lá porque está sendo usada de alguma maneira. Em House of Cards só há gente alheia ao poder se serve a ele ou se deu o azar de atravessar o seu caminho.

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Joel Kinnaman e Kevin Spacey

E, claro, foi sempre essa a “viagem” de Frank e Claire Underwood: conquistar poder, estendê-lo, consolidá-lo, agarrar-se a ele, pelo prazer que tê-lo proporciona a eles. Tê-lo e mantê-lo: Frank e Claire adoram o corpo-a-corpo com os inimigos, a tramoia, a passada de perna, o cálculo, o conchavo. O casal Underwood já assassinou, conspirou e corrompeu, mas não embolsou nem se locupletou; de fato não é dinheiro que eles ambicionam (Claire, aliás, já tem dinheiro aos montes, de família). E tanto Claire quanto Frank trabalham duro para acumular poder – trabalham mesmo, todo dia, desde muito cedo até muito tarde, sem descanso. É uma vida de dedicação; mas dedicação ao que há de mais sórdido. E, de todas as temporadas até aqui, esta que entrou no Netflix no dia 4 de março é a que mais detalhadamente retrata a inutilidade desse poder para qualquer pessoa que não os próprios Frank e Claire – ou, bem pior que a inutilidade, a perniciosidade do poder deles.

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Nathan Darrow e Kevin Spacey

Na terceira temporada, Frank assumiu os dois últimos anos de mandato do presidente do qual ele era vice, e que ele conspirou feio para derrubar. Agora, quer eleger-se para um mandato completo. Frank tem muito discurso, mas não tem (e nunca teve) nenhum projeto político que corresponda ao seu discurso; simplesmente quer derrotar o adversário republicano, Will Conway (o Joel Kinnaman de Robocop), e continuar ocupando o Salão Oval. Detalhe: também o jovem e bonito Conway só tem discurso, sem nenhum projeto político. Tudo que ele quer é derrotar Frank Underwood, e passar a ocupar o Salão Oval. Mas o eleitorado ama Conway, e engole feito amendoim de bar as falas de efeito dele e os seus posts nas redes sociais. Engole com tanto gosto que Conway, a certa altura, começa a disponibilizar no seu site as suas conversas telefônicas e as dezenas de vídeos caseiros que faz todo dia com sua família fotogênica. É tudo tão obviamente feito para agradar e engabelar que é um mistério que o público “compre” essa imagem. Mas compra, porque o processo eleitoral americano – e também o brasileiro, entre o de vários outros países – virou uma máquina de emplacar quem se promove melhor. Em dado momento, Frank recorre a uma convenção aberta do Partido Democrata para indicar seu candidato a vice-presidente. É pior que programa de auditório. Na verdade, há mais ciência e ponderação em American Idol ou The Voice do que na convenção.

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Neve Campbell e Mahershala Ali

A política como estelionato, como mero projeto de aquisição ou preservação do poder, é algo com que o público brasileiro infelizmente não para de adquirir familiaridade. E é também algo que o eleitorado americano está patrocinando de forma inconsequente e ignorante na candidatura do repugnante Donald Trump. Se há um aspecto em que House of Cards pode concorrer com o noticiário, no entanto, é em mostrar a indecência dos bastidores desse estelionato e da maneira como ele é tramado – e o ponto a que se pode chegar para continuar no jogo. Imagine se você pudesse observar todas as conversas repelentes que o Petrolão exigiu, por exemplo; House of Cards é o equivalente dessa ideia. Mas, até para os padrões de Frank e Claire (ou sua total falta de padrões), eles descem baixo demais nesta quarta temporada.

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Kevin Spacey, Robin Wright e Michael Kelly

De todas até aqui, também, esta é também a temporada mais bem escrita: ela é tão focada e concentrada, e tão rigorosa na forma como encadeia causas e efeitos, que o certo é mesmo ver um episódio atrás do outro, sem parar. A rigor, ela é um filme de onze horas de duração (não é por acaso que House of Cards virou o símbolo do binge watching – nem Penny Dreadful tem arcos assim tão fechados). Por isso mesmo fiz questão de ver todos os treze episódios antes de fazer esta resenha: este é um caso em que a precaução vale bem mais do que a pressa.

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Ellen Burstyn

E assim também posso dizer com conhecimento de causa que Joel Kinnaman está ótimo no papel do candidato republicano, que Lars Mikkelsen de novo dá um baile como Putin (aliás, presidente Petrov) e que Ellen Burstyn tem uma participação matadora como a mãe de Claire (e eis aí um caso em que a maçã caiu bem perto da macieira). Continuo em um dilema sobre quem é o melhor ator de todo o elenco (o que não é pouca coisa): Paul Sparks (que faz o escritor Thomas Yates), Mahershala Ali (como Remy Danton) ou Michael Kelly (o tristíssimo e aterrador Doug Stamper)? Nesta temporada, vou votar em Paul Sparks. E, surpresa: Robin Wright dirige quatro dos treze episódios, e faz um trabalho excelente. Como sempre, porém, os méritos decisivos vão para o criador e showrunner Beau Willimon: exatamente como Frank Underwood, ele nunca deixa nenhum detalhe, por mais ínfimo que seja, escapar à atenção dele.

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Paul Sparks

52 comentários em “House of Cards – A 4ª Temporada”

  1. Ah, Isabela, o Donald Trump não é esse monstro que você retrata. Essa é uma imagem tosca que a mídia americana e a elite política tradicional querem passar – e não conseguem, pois boa parte da população cansou de suas mentiras. Ele pode até ter aquele jeitão histriônico, mas pelo menos sabemos quem ele é, diferente dos Barack Obamas da vida, que, com aquele sorrisinho simpático e comportamento de gentleman, camuflam uma ambição desmedida de poder. Veja além do que a mídia de massa diz sobre Barack Obama e descobrirá que ele fez coisas típicas de ditador de terceiro mundo durante seu mandato.

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    1. Vê claramente que a autora do texto não entende nada de política americana, mesmo porque Frank pertence ao partido democrata e seus princípios, e Trump ao republicano (mesmo tendo alguns aspectos divergentes relação ao partido).

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      1. Colega, pra ser uma pessoa ruim basta existir, seja você democrata ou republicano. Acho difícil levar a sério a tua acusação da Isabela não conhecer o bipartidarismo americano. Já sobre sua associação dos valores do Frank com os democratas, saiba que Frank foi escrito como uma encarnação dos valores e personalidade do personagem Henrich lll, da peça de Shakespeare, e não do partido democrata em seu estado atual. Além do mais, Frank é fictício, Trump é real.

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  2. Comparada as ultimas temporadas , a quarta deixou a desejar , com diálogos fraquíssimo ,com foco só no casal Underwood que sempre se dão bem em e passam uma imagem de indestrutíveis . Se continuar assim na quinta temporada essa serie não não perdurará.

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  3. Parabéns pela crítica, realmente esta série nós faz imaginar se os autores não se basearam na política brasileira, mas percebe-se que o jogo da política é assim em todo lugar do mundo.

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  4. Com todo respeito: não tem spoilers?? A Dunbar será substituída? Indicação de vice na Convenção? Poxa, já que escolheu falar sobre spoilers, poderia avisar corretamente acima…

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  5. A série é excelente em tudo. Só espero que ela não descambe para temporadas sem sentido para manter a série em evidência. Séries americanas também terminam por terminar simplesmente. É raro ter tantas temporadas na TV americana como Big Bang. Resta saber se teremos mais temporadas com tanta qualidade assim. De resto House of Cards é excelente como mencionei. Sangue entre paredes de tons pastéis.

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  6. Isabela, não sou muito de comentar em “portal”, mas hoje abro uma exceção. Eu também não consigo assistir um episódio de House Of Cards sem passar pela abertura sensacional e tenho a mesma melancolia que a mise en scene / música passa. Uma das melhores criticas que li sobre a série na internet. Parabéns

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    1. Concordo com tudo que vc disse! Q resenha riquíssima, completa e que me representa totalmente!!! Eu também resolví assistir toda a temporada nesse fds. Ressalto aqui a indignação e frustração do personagem Fred que resume muito bem o que Isabela coloca sobre as pessoas comuns que cruzam o caminho do poder sem cobiçá-lo. Soberba!

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  7. O problema dessa pessoas, que lutam contra essa idéia ridícula de salvar o mundo da esquerda, e que se intitula ” conservadora ” é se tornar tão ditadora nas suas convicções quanto os esquerdistas. Até no uso de ataques gratuitos, na falta de argumentos, estão parecidos. Essa é a sina para todos que querem ter a fórmula do mundo melhor. Lamentável.
    Isabela respeito demais seu trabalho como crítica de cinema e estou aqui por ele, releva a grosseria dessa galera, bom senso não nasce com todos infelizmente.
    Sobre a série, essa é um das melhores temporadas sem dúvida, adorei sua crítica, ansioso por 2017, mas temeroso com a saída do Beau Willimon.

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  8. Isabela
    A critica sobre a serie esta boa, eu achei meio parado os primeiros episódios, mas depois do 5 são ótimos, principalmente a Robin Wright nesta temporada esta fantástica, pessoalmente achei o ultimo episodio um show a parte do Kevin Space. Agora cuidado com as criticas sobre politica, afinal muitas pessoas gostam do Trump e você gostando ou não ele representa boa parte do povo americano, coisa outra coisa teve spolier avise o pessoal antes.

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  9. Donald Trump,ruim,como ? Cara fez uma fortuna nos EUA,jamais foi acusado de roubo,pilantragem.corrupção etc etc Problema para nossa mídia esquerdinha são as ideias dele,vai acabar com a covardia,chega de tipos como obama,jimmy carter,e outros bananas.

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    1. Fazer Fortuna com a Fortuna da familia. Parabens Trump, iludindo mais um inocente no mundo… Para o trump, como os INVASORES mexicanos voce também faz parte da mesma escória. Parabéns a voce por Defender quem te humilha.

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    2. Mídia esquerdinha a Isabela Boscov? Fazer fortuna? As idéias dele são ser mal educado, agredir verbalmente qualquer pessoa que tenha uma opinião contrária e ter dinheiro da família e levar à falência as empresas que ele tentou inventar sozinho. Pior é saber que ele sabe disso, mas age assim porque tem babacas que não entendem a diferença entre não apoiar a estupidez do politicamente correto (Bernie) e ser um idiota completo (Trump). Rapaz, não é porque a Internet é anônima que a gente vai ter a indecência de colocar Trump e Jimmy Carter numa mesma sentença.

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  10. Só pelo título, já era patente que o que se veria aqui não é crítica cultural, e sim militância barata, bem barata mesmo, baratinha. É por isso que mortadela virou soldo de bate-paus.

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  11. Somente acho interessante que nao se compare o House of Cards com o ex-presidente mais honesto do mundo segundo o mesmo e fica neste tema de Trump sendo que;ainda sao primarias,Cruz têm crescido e do lado democrata sao os sensacionais Sanders(maluco) e Hillary(perdida)……

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  12. Nossa, que critica deprimente! Fala que não vai ter spoiler e tem. Ainda bem que já vi a última temporada(fraquíssima e repetitiva por sinal) se não eu teria lido uma crítica sem pé nem cabeça e ainda levaria spoiler. Definitivamente qualquer bosta vira formador de opinião intelectual hoje em dia…

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    1. Só se for no seu mundo idiota que a temporada é fraquíssima e repetitiva. É a melhor série da atualidade. Aclamado por público e crítica.

      Quem é vc para dizer isso? Um fanfarrão, com certeza.

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  13. Atualmente ando muito com medo de assistir essa série.
    Eu ainda estou tentando entender a relação pessoal de Frank e Claire, mas eles são maquiavélicos. Dá sempre um medo que eles apelem mais e alguém acabe morrendo.

    A frieza com que Claire trata sua mãe e a maneira como Doug lidou com o transplante do Frank…é muita dor assistir House of Cards.

    É o tipo de serie como Game of Trhones…nem pense em acabar

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  14. Eita imprensa esquerdista chata hein?

    O Frank só não é pior que o Fidel que a mais de 50 anos deixa o povo cubano passar fome enquanto vive num palácio e é um dos homens mais ricos do mundo.

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  15. Mas que porcaria é essa? Uma feminista brasileira que copia a imprensa perdida americana que toma na cara do Trump todos os dias e, mimada, não sabe o que fazer? Até os jornais americanos estão começando a respeitar Trump devido suas seguidas vitórias. Trump tem maioria de votos dos americanos e não minoria, falar como se ele não representasse o povo é muito MUITO infantil. Copiar trejeitos americanos é MUITO MAIS AINDA.

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    1. Finalmente alguém que tem opinião própria e que não se importa com os politicamente “corretos”. Obrigado caro leitor, quando vejo opiniões como a sua, contínuo acreditando nas pessoas.

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    2. Falar que os jornalistas americanos respeitam o Trump isso sim é falta de conhecimento. A não ser que vc seja um alienado republicano que assiste a Fox News. Ele representa sim os americanos ignorantes, racistas, intolerantes, machistas, loucos pelo poder e antidemocratas.
      Sugiro que vc tb se informe mais antes de julgar os outros

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      1. Antidemocratas com certeza. O resto é vomito da raivosa mídia socialista norte-americana. Aliás, única coisa replicada aqui no Brasil.

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    3. Parabéns pelo comentário Johny. Não podemos esquecer que esse blog é do UOL, portal que recebe verba do estado para manter colaboradores, blogueiros e editores fazendo matérias com pautas “socialistas” ou “progressistas”.

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  16. Ué, não era para não ter spoiler da quarta temporada??? Candidato Republicano Forte e Cominicativo; Mãe da Claire Forte e Matadora, Convenção Partidária para voto Aberto para Vice-Presidente …
    Só não c

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    1. Cara desde que BERNIE SANDERS nao ganhe pode ganhar o proprio LUCIFER EM PESSOA. Pelo menos saberemos WHO THE ENEMY IS. Bernie é o tipo de Cancer terminal para o MUNDO. Eu prefiro mil vezes a Hillary.

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  17. Ótimo comentário, sempre me sentia com essa melancolia quando no começo do episódio, você me ajudou a entender esse sentimento.
    Também achei essa temporada maravilhosa, principalmente a cena na qual os dois candidatos conversam em particular e se dizem candidatos improváveis, Anderwood democrata da Carolina do Sul e Conway um republicano de Nova York, inclusive admitindo que consideram chatíssimo todo aquele circo e o contato com as multidões….absolutamente cínicos…..hipócritas….mas o retrato fiel dos políticos atuais.

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  18. ótima crítica e também sinto esta melancolia quando vejo a abertura da série….engraçado….talvez a explicação da Isabela possa me dar uma razão plausível para esse sentimento de desalento que sinto no começo dos episódios e que também como ela nunca tenho coragem de deixar de ver.
    Agora as diferenças gritantes entre o jovem casal candidato com os Anderwood é notável , as imagens cheias de luz e brilho contrastam com o ambiente sombrio e gelado dos Anderwood, não que eles não tenham vivacidade, eles são movidos por uma ambição absurda que os faz trabalhar duro, mas o poder somente pelo poder se torna vazio e por isso os torna vazios.
    Eles não gostam de crianças, de sua espontaneidade, pureza, verdades ,iniciativa …por isso se sentem constrangidos na presença delas…. triste….

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  19. Esta serie esta na hora de terminar. Os fatos estão redundantes na sua concepção ( poder e trairagem) . Se não houver um final mais rápido, será mais uma serie abandonada pelos telespectadores.

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  20. Frank Underwood é um político de carreira e Trump é empresário que nunca concorreu a nada….portanto essa comparação é um tanto quanto idiota.

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    1. pois é, se julgarmos os políticos pelas declarações viveríamos num lugar melhor que o “céu”, mas a verdade é que mentem e falam abobrinhas que os eleitores querem ouvir, como o tal de Sanders que prometeu faculdade e saúde gratuitos, é mentira pura

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    2. Ela descreveu a Hillary Clinton. É que ela foi educada no socio construtivismo, então a realidade é o que ela quiser. Se estivesse ciente dos fatos, saberia que os Clinton que estão tentando fazer exatamente o que ela descreveu, conquistar o poder, consolidar, extender e nunca deixar ir. A Hillary é criminosa também, temos que ver se a Hillary vai concorrer, pode ser presa antes.

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  21. Semana de estréia de HOC é sinônimo de final de semana dentro de casa, grudado na TV. Essa temporada foi matadora, de uma qualidade técnica exemplar (concordo com você: os episódios dirigidos por Robin Wright estavam ótimos e eram particularmente recheados de momentos delicados, onde uma mão inexperiente poderia levar para o piegas ou uma um distanciamento que não se encaixaria nos personagens), além de roteiros fluidos, com ganchos fantásticos e uma trama bem arrumada (algo que fez falta na última temporada – não que tenha sido ruim, mas os caras levaram o programa para um nível que precisa ser sustentado).
    Filmadas provavelmente no nascer do sol (lembrei do sunrise citado algumas vezes nos episódios dirigidos por Robin), justamente para ter landscapes vazias, a abertura não me traz melancolia, mas um certo temor: para os Underwood, as pessoas são totalmente dispensáveis.
    Mas é um leve temor, um discreto arrepio. O que me incomoda mesmo e isso advém do talento dos roteiristas, diretores e atores, é a gente ficar torcendo para que a s maldades de Frank deem certo!!! rs rs rs

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    1. A musica – tema de abertura lembra muito e acho que propositalmente a serie ROMA da HBO, tenho certeza que e para lembrar que são dois impérios equivalentes.

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