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Game of Thrones – O Início da 6ª Temporada

Meus problemas com Game of Thrones…

… e por que esqueci de todos eles no segundo episódio desta temporada


ATENÇÃO: sim, este texto tem SPOILERS


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Nunca tive uma relação tão sanguínea com Game of Thrones quanto tenho, por exemplo, com Penny Dreadful, ou como tive com as primeiras temporadas de The Walking Dead. Uma razão simples: personagens demais. Não quero dizer apenas que há muita gente em cena, mas sim que há gente em excesso. Da maneira como George R.R. Martin concebeu sua saga, há um punhado de figuras centrais que ganham todas as honras do desenvolvimento dramatúrgico – os Stark, os Lannister, Daenerys –, e que o leitor/espectador se sente compelido a acompanhar. Mas, em volta dessas figuras, há uma verdadeira multidão de personagens “funcionais”: GoT é um xadrez jogado em uma dúzia de tabuleiros ao mesmo tempo, e tem, portanto, uma quantidade proporcional de peões que serão usados em um ou dois lances e então descartados. Já perdi a conta de quantas vezes confundi peão com torre, e vice-versa: fico interessadíssima em um personagem, e ele é jogado para escanteio e nunca mais se ouve falar dele. Ou acho um personagem uma chatice, mas lá vai ele, vivinho, temporada após temporada. Em GoT, é difícil saber em quem investir afeição – ou aversão.

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Mas, agora que a série está se desprendendo dos livros (por falta de livros, aliás), é palpável a sensação de libertação, de propósito renovado. A prova, para mim, é o fabuloso segundo episódio da sexta temporada, que foi ao ar em 1º de maio: GoT é uma série que sempre começa em marcha lenta, mas desta vez resolveu sair com rédea solta. Foi muito bacana a volta de Jon Snow, mas todo mundo já imaginava mesmo que a morte dele seria apenas temporária.

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O foco surpreendente – e arrepiante – do episódio? A inesperada ascensão de Ramsay Bolton como peça crucial do enredo, em um entrecho que teve parricídio, fratricídio e outros tantos tipos de homicídio qualificado, todos perpetrados por Ramsay com uma nonchalance, um ar de diversão e cinismo mas também de determinação férrea, que o tornaram meu mais favorito de todos os malvados até aqui de GoT. George R.R. Martin continua colaborando estreitamente com os showrunners, e é provável que essa importância de Ramsay já estivesse planejada para os livros ainda não publicados. Ou será que ele vai ter essa importância nos livros porque o excelente Iwan Rheon fez o personagem crescer na série, com sua interpretação tão marcante? Seja como for, acho que parte da eletricidade do segmento dedicado a Ramsay vem desse fato tão simples: agora GoT pode jogar por suas próprias regras.

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Tipicamente, o que se teve nos cinco primeiros anos da série foi o seguinte: os episódios iniciais se dividem entre todos esses tabuleiros (e toca pular da Croácia para o Marrocos para a Islândia para a Irlanda e de volta para o Marrocos), com todos os peões nas suas posições; à medida que a intriga avança e certas peças são tiradas de jogo, o enredo vai se concentrando, até desembocar em um oitavo episódio sensacional (é batata: o oitavo episódio é sempre o melhor) – e aí começa uma nova distensão, em que o nono e o décimo episódios servem de preparação de terreno à temporada seguinte. O episódio inaugural desta temporada seguiu esse figurino –  mas a coisa começou a esquentar já na última cena, em que se revelou o segredo de Melissandre. E daí veio a surpresa do segundo episódio, em que não houve armações, só resoluções. Tyrion soltou os dragões e fez a audiência lembrar por que ninguém se cansa dele (nem do ótimo Lord Varys). Arya deu um passo à frente na sua estranha jornada de iluminação. Brandon teve uma prova concreta do que é capaz. Um obstáculo foi removido entre os Greyjoy, e outro surgiu no seu lugar. E Thommen entregou o reino de bandeja a sua mãe, Cersei. Tudo isso em sequências curtas e incisivas, deixando tempo para desenvolver direito duas tramas decisivas: a emergência de Ramsay como o tirano do Norte e a união de Melissandre e do irresistível Lord Davos de Liam Cunningham em torno da ressurreição de Jon Snow.

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Só vendo (e vou ver, claro) para saber se essa mudança imprevista na arquitetura da temporada vai prosseguir, e que frutos ela trará. Para mim, pelo menos, parece que GoT recuperou a ousadia, o pulso e a concentração da sua primeira temporada, e avançou mais em termos de coesão narrativa do que em todas as temporadas até aqui. Pela primeira vez, estou achando que vou ficar tão viciada quanto o restante do público.

52 comentários em “Game of Thrones – O Início da 6ª Temporada”

  1. É bem no caminho nesta nova etapa. Eu acho que definitivamente ver The Game of Thrones é um exercício de paciência. Veja a série pela primeira vez pode ser uma dor de cabeça para a superpopulação de caracteres. Um segundo olhar vai proporcionar uma melhor compreensão do ambiente complicado deste universo. A terceira vez … é lá onde a magia da TV Game of Thrones e como cada cena, cuidadosamente preparado e executado chega, desperta nossa imaginação. Paciência faz excelência.

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  2. É deprimente como esses sites, esses blogueiros que aparecem em portais, instagrams, gostam de dar spoilers gratuitos só pelo prazer de “castigar” quem não viu na hora! Colocam fotos da cena que descreve todo o episódio com prazer maléfico! Ridículo, realmente!

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  3. Esse retorno do Jon Snow , esculhambou com a série.Agora , qualquer um pode voltar.Pq a Melisandre não traz de volta o Stannis, a filha, a esposa e o escambau???

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  4. O Martin jamais vai mudar o seu livro por causa dos andamentos do seriado… Ele não faz isso nem pelos apelos dos fãs dos livros, imagina pelos fãs do seriado!

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  5. Para mim não foi a Melisandre que ressuscitou o Jon, deve ter algo escondido por ai, foi muito estranho aquele ritual dela, sem confiança nenhuma e nem fé no que estava acontecendo, sei que R’hllor, o Deus Vermelho tem dessas de ressuscitar os mortos, mas foi estranho.

    Algo que ainda me pergunto, onde está Rickon que sumiu e ninguém fala mais nada e a Nymeria, loba de Arya que foi mandada embora por ela, porém nos livros por diversas vezes é citado que uma loba gigante junto com uma alcateia de lobos andava aterrorizando por ai, quando que a Arya vai encontrar ela ? Seria louco !

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  6. A série já está muito descolada dos livros, tanto que a principal trama nem aparece (spoiler, quem quiser saber terá que ler), que está ocorrendo em Kings Landing…
    O desenrolar da série está tão interessante quanto nos livros, e acaba criando dois clássicos, um cinematográfico e outro literário.

    Vamos ver o desenrolar das coisas…

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  7. Prezada Isabela, gostei do texto, bom absorver suas impressões sobre GOT. Concordo com você que este segundo episódio da sexta temporada foi ótimo. Seguem algumas observações. Os melhores episódios são os nonos, não os oitavos. A sexta temporada não está liberta dos livros como imagina, na verdade nunca houve relação tão exata entre os livros e as temporadas da série, apesar de existirem 5 livros e 5 temporadas até a anterior, com exceção talvez da primeira temporada, se a memória me permite, que praticamente relatou apenas os fatos do primeiro livro. Mas depois isso foi mudando. Só para ter ideia o terceiro livro foi dividido em duas temporadas. Há fatos agora ocorrendo na sexta temporada que ainda estão retratados nos livros. Sempre houve uma certa liberdade criativa dos roteiristas da série, mudando uma coisa aqui outra ali, mas seguindo as linhas gerais do George Martin, e minha impressão é contrária à sua, justamente quando os roteiristas da série fugiram do que está nos livros é que cometeram as maiores falhas, criaram situações pouco verossímeis, contraditórias, etc. Isto nos livros não ocorre, Martin escreve como ninguém e dificilmente há situações mal resolvidas. Aos fãs da série da TV dou a seguinte dica: Leiam os livros. Se já gostam desta fantástica série de TV, nos livros mergulharão em algo ainda mais profundo, incrível, prazeroso. Abraços.

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  8. Pensei que só eu achava que a série tinha muitos personagens, apesar de gostar , era tudo muito confuso. Estou esperando ansiosa o próximo capítulo.

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  9. Que resenha maravilhosa! Amei sua analogia com o jogo de xadrez. Mas alguém me explica por onde anda o Rickon? Pq ninguém fala nada desse personagem?

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  10. Em primeiro lugar: achei a cena da ressureição do próprio Jesus Cristo(Jon Snow) constrangedoramente pobre, fiquei realmente com vergonha na frente da TV. Sério, aplicar um reiki agora ressucita. Porém, concordo e sei, apesar da sua chatice e moralismo, que é um personagem essencial para a trama. A interpretação do rapaz que faz o Ramsey é realmente incrível. Enfim, estou achando esta atenção em cima do Jon Snow meio novelinha das 18hs, não gosto dele, da interpretação nem de nada, mas tem de engolir. Ao contrário do texto estou bem pessimista e torcendo pra ser surpreendido.

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    1. Marcelo, a forma como Jon Snow ressucitou faz muito sentido levando-se em conta o capítulo do livro que é contado sob a perspectiva de Melisandre. Ela da a entender que a “mágica” na verdade se da de forma bem natural, mas ela teria aprendido ao longo do tempo que o “glamour”, a aparência de algo extraordinário, era importante para que as pessoas acreditassem na mágica. Ela também discorre que quanto mais difícil a magica parecesse, mas as pessoas ficariam impressionadas, não poderia parecer algo fácil ou o poder do mágico não é apreciado.
      Ela usou todas as formas de “galmour” possíveis para construir nas pessoas a crença que Stanis era Azor que havia retornado. Quando ela encontra Jon Snow, muito provavelmente o verdadeiro prometido, ela havia perdido sua fé e como Boros havia feito, faz sua mágica sem os efeitos especiais costumeiros e só então a verdadeira mágica acontece.

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    1. Também estranhei. Os cães e os caras que seguravam os cães.
      Isabela, já estamos na terceira temporada do Penny Dreadful e não vi mais comentários seus sobre a série. Perdi algum?

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      1. Mas quando eles estavam naquele tronco de árvore e foram encontrados, os caras estavam com os cães. Eles que farejaram a Sansa escondida… pelo que me lembre.

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  11. Bom uma coisa eu tenho quase certeza… com o aparecimento da irma de ned stark … bran stark vai descobrir através das visões que seu intitulado irmão jon snow na verdade e meio targaryen e meio stark… e ele sim e o filho do Gelo.. ja que Daenerys é o fogo.
    a serie ta show. se no 2 e 3 episodio já ta assim imagina os últimos 3.

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  12. Poxa, Isabela, a ascensão do Ramsay como tirano foi inesperada? Ela vem sendo desenhada nos livros há tempos, desde o casamento forçado dele, ainda o Bastardo de Bolton, com uma viúva do Norte, quando o Bran ainda estava em casa!
    E a série já vem se desprendendo dos livros há tempos – desde antes do Casamento Vermelho, por exemplo. As divergências mais importantes nesse momento, pra mim, tem a ver com os Greyjoy, porque Theon está voltando pra casa e não há um Victarion (outro irmão do recém falecido Balon) pra contrabalançar as coisas, e com Dorne, porque as Serpentes da Areia saltam ao primeiro plano da ação assassinando os legítimos senhores do território em vingança pela morte do príncipe Oberyn.
    O Tyrion libertar os dragões já era esperado, visto que é a única pessoa que realmente estudou os bichinhos (dito desde o primeiro livro, apesar de lá ele ainda não ter chegado a conhecer a Dany).
    E o resto – Arya, Bran, o retorno do Jon -, tudo está de acordo com o que vinha sendo desenhado nos livros.
    Mas, como livro é livro e série é série (oh! Não diga!), gostei da sua análise. Vamos ver o que acontece daqui pra frente. Vamos, né? ;D

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  13. Acho errado dizer que a melhora vem com a libertação dos livros, afinal o livro mais cansativo da serie é o 4 que foi retratado na ultima temporada

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    1. Aria ta demorando demais pra decolar. Já deveria estar voando na própria história. As questões das Ilhas de Ferro já são velhas e sabidas. Snow já era sabido. Tyrion soltar dragões!!??? Nossa que impressionante. O melhor do Tyrion e do Varys são eles conversando. O resto ta devagar. Espero mais movimento. Muito mais movimento. Mas enfim. Vou sobrevivendo sem um arranhão aguentando esperar de domingo a domingo. Por isso acho série a coisa mais chata do mundo e só assisto por que é GOT. Ave Cézar os que vão morrer te saúdam.

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  14. nao consigo imaginar como alguem pode falar que livre dos livros got irá evoluir. Primeiramente, foram os livros escritos por George Martin que criaram essa história fascinante e complexa. Segundo, apesar de alguns fatos nao estarem seguindo o rumo dos livros, a maior parte da trama segue o desfeixo das cronicas do gelo e do fogo e continuará seguindo ja que uma maior parte do sexto livro já foi escrita e , inclusive, está sendo usada na série. Por fim temo que sua resenha aponte o aspecto contrario da situação, pois o livro é muito maior que a série e não o contrário e , por isso , mesmo com o seu excesso de personagens ela continua deixando de lado muito coisa do livro desde o começo e NÂO a partir de agora.

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      1. Tripudiar sobre erro de outra pessoa, que atitude deselegante!
        É “desfecho”, Pedro, e tudo bem ficar em dúvida de como escrever, ou mesmo escrever errado. Nosso idioma é complicadíssimo mesmo!! Mas vale o conteúdo do seu comentário, do que o vazio sem sentido do comentário do MCSP. Adoro GoT e concordo com você, Pedro.

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      2. Impressionante como determinadas pessoas são preconceituosas com um erro de português. Como se ninguém errasse uma só palavra. Pasquales e Pasquales, a internet é chata às vezes né.

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      3. Concordo, Flávia! Total deselegância! Será que o professor nunca errou? O Pedro conseguiu apontar muito bem suas ideias e de forma coesa.

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    1. Concordo plenamente! Finalmente um comentário decente. “Livre dos livros” – que comentário imaturo e comercial. Ouso dizer ainda que espero que a série não fuja muito dos livros, se não, receio pelo futuro da série. Adiciono ainda que o excesso de personagens não necessariamente deve ser visto como um ponto negativo. Finalmente temos uma trama que não tem um único vilão e um único herói, onde normalmente a série faz o herói “apanhar” o tempo todo e no final, de alguma forma, no último episódio, o vilão cai e alcançamos o “felizes para sempre”. Não ter um único herói, faz a gente se apaixonar, e odiar, vários personagens. Conhecer cada um deles e ver a história deles se cruzando é fascinante. Ouso dizer que esse fator é crucial e um diferencial da série, que foge dos padrões existentes. Ou melhor, da série não, dos livros!

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    2. Concordo com o Pedro!
      Temo um pouco para os desfechos da série sem os livros.
      Afinal, é impossível alguém saber mais da própria história e personagens que o próprio autor.
      Para mim, a série é só um bônus para nós fãs perto dos livros, e o texto a cima, cria a dúvida. A Jornalista que assina esse texto leu os livros? Pois 10 de cada 10 pessoas que conheço, preferem os livros que as série!

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  15. Discordo da sua análise, Isabela. Pra mim o que me fascina no Game of Thrones é a complexidade da trama. É o quão real – apesar das mágicas e dos dragões – a série consegue ser. As intrigas políticas, as traições, o mocinho morrendo e não conseguindo justiça, entre outros. Acompanho a série desde sua primeira temporada quando vi o trailer da HBO.
    Os primeiros episódios foram confusos mas ao fim da primeira temporada já estava viciado e recomendando pra todo mundo. Não podia esperar e comecei a ler os livros.
    Extremamente detalhados e uma leitura lenta, adorava ler se era um personagem do qual gostava, achava tedioso, as vezes chato se era um personagem que eu não gostava.
    Concordo que existam personagens que gostamos e que não gostamos, e acho isso algo sensacional da série. Que você gostando ou não, o autor nao está preocupado, ele vai seguir o rumo que ele achar que deve ser seguido (por isso não fico bravo com a demora dos livros, prefiro qualidade à rapidez)
    Inclusive no livro há varios capitulos desestimulantes até sobre personagens que muita gente não se importa, que por ser TV eu até entendo uma ou outra ligeira mudança ou corte – ou junção – de personagem.
    No entanto, a mágica, pra mim, de GoT é essa. O inesperado. Você nao saber em quem investir afeição.
    Por ter se popularizado, é normal que a complexidade da série diminua, que eles tentem agradar mais os telespectadores. E isso me deixa com medo. Pode ser que acertem, pode ser que não. Apesar de seguir o mesmo final (aparentemente os produtores sabem o final caso algo aconteça com Martin). Eu gosto do inesperado. Só fico com receio de eles diminuirem a complexidade da trama e virar um show de vilão e mocinho com muitas cenas de guerra e sexo (o que é legal, moderadamente).
    Quanto ao Ramsay, concordo. Também gosto dele como vilão. Acho-o extremamente interessante e, por que não, quase simpático. Gostei do que fizeram com ele (com supervisão ou não, do Martin, acertaram nessa), mas acho que isso não tenha influencia no livro: acredito que o autor já tinha os planos dele pro Ramsay e nao deixaria de mudar de opinião por algo que acontece na Tv.
    Quanto à sua análise a respeito do andamento das temporadas discordo mais ainda. Primeiro porque, desculpe a franqueza, me parece rasa. Vejamos, os melhores episódios das temporadas são geralmente o nono da temporada (decapitação do ned, casamento vermelho, ataque do stannis, entre outros). Segundo porque a série começou a se desvendar dos livros há um tempo já. Mudanças minimas na terceira temporada. Na quarta já um pouco mais e depois na quinta já começaram a preparar pras mudanças dessa sexta temporada (pois mesmo que o livro lançasse antes da sexta temporada, não teriam como gravar tudo).

    O fato do nono ser o episódio mais surpreendente e o décimo uma preparação pra próxima temporada são duas. Primeiro porque, dado ao tanto de personagens e locações, nao seria possível colocar toda a informação num season finale, a não ser que juntassem os 2 episódios, o que não seria tão interessante, dado que deixar as pessoas “digerindo” o episódio por uma semana me soa mais adequado. E segundo porque eles seguem os livros, tem que preparar pra próxima temporada, fazer o famoso “cliff hanger”, deixar a galera pensar um pouco sobre a série.

    O fato da série ser fiel ao livro é o que, na minha opinião, a tornou o sucesso que ela é. Se desvincilhar muito pode até dar certo, mas pode dar muito errado também. E isso, só o tempo dirá.

    No mais, estou também ansioso pra ver o que acontece!

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    1. O melhor de GoT é exatamente a complexidade. Fosse mais simplista seria algo parecido ou até mesmo cópia de Senhor dos Anéis, que é excelente e não merece uma cópia.
      Muitos elementos comuns nas duas histórias e são totalmente diferentes. Nem melhor nem pior uma em relação à outra.
      Em Senhor dos Anéis, os bons são bons e os maus são maus.
      Em GoT não há essa separação clara. Todos se mostram capazes de tudo.
      Resumindo: GoT é um Senhor dos Anéis para adultos.
      É muito bom ver uma história em que além do visual magnifico ainda nos faz pensar na dimensão da natureza humana fora dos dicotômicos bonzinhos e mauzinhos!

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    2. Carlos seu comentário também é mto pertinente!
      Concordo plenamente! Ouso dizer ainda que espero que a série não fuja muito dos livros, se não, receio pelo futuro da série. Adiciono ainda que o excesso de personagens não necessariamente deve ser visto como um ponto negativo. Não ter um único herói, faz a gente se apaixonar, e odiar, vários personagens. Conhecer cada um deles e ver a história deles se cruzando é fascinante. Ouso dizer que esse fator é crucial e um diferencial da série, que foge dos padrões existentes. Ou melhor, da série não, dos livros!

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    3. É verdade. Boa analise. Eu só lamento é que estão falando em fim da série já, e desconfio muito que alguns personagens muito bons acabarão não tendo suas histórias desenvolvidas como eu esperava. Com tamanha complexidade e quantidade de personagens, GoT poderia ter tranquilamente 10 temporadas (e com público fiel).

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  16. Muito bom texto. Apesar de eu adorar cada temporada, mesmo com seus altos e baixos, eu concordo que caminhar com as próprias pernas vai ser bom, principalmente por poder ousar mais, como vc analisou. E primeira temporada pra mim é a melhor ainda. Já tava na hora de algum Stark ter alguma sorte nessa série tbm. rsrsrsrs. Alerto só para uma correção: são geralmente os nonos episódios que são arrebatadores. Foram neles em que, por exemplo, Ned foi decapitado (1ª temp); ocorreu a batalha de Água Negra (2ª temp); sucedeu-se o famigerado “Casamento Vermelho” (3ª temp); os Corvos protegeram a muralha dos selvagens (4ª temp). Na quinta temporada que esse panorama começou a mudar e o 8º e 9º dividiram as melhores cenas.

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  17. Boa analise . resumiu o que está entalado na garganta de gritar que é a melhor série que já apareceu deixando para escanteio breaking bed e walking dead. Só faltou no seu comentario a mãe dos dragões que já dá indícios que ela retornou para onde começou sua jornada pelo trono de ferro ..e com a liberdade para mais 2 dragões que vão em busca da mãe parece que muita gente vai torrar nas chamas de vingança .

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  18. Excelente resenha sobre o início da temporada de GOT. Concordo plenamente com o pensamento de que a série sempre começava suas temporadas de maneira mais lenta, como uma ressaca dos acontecimentos do último ano da história e também como um assentamento para o que virá. Entretanto, como fã da série e dos livros, sempre encarei essa “marcha lenta” como necessária, já que boa parte dos espectadores não são tão aficionados na história a ponto de relembrar em detalhes todos as tramas de todos os muitos núcleos da ´série. Nesse temporada, porém, o HYPE foi tão grande, muito por conta da morte de Jon Snow, que os showrunners assumiram que os espectadores estariam a par com grande parte da história e decidiram limitar essa ressaca da última temporada ao primeiro episódio que, de forma até didática, fechou a maioria dos cliffhangers vistos no episódio dez do quinto ano. No que concerne o esperado retorno de Jon Snow, fica uma reflexão quanto ao roteiro: o que levou Davos a subitamente colocar de lado toda sua rixa com Melisandre e bancar a ideia de ressuscitar o Lorde Comandante Snow com magia considerada por ele mesmo como maligna?

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    1. Quanto mais eu leio as queixas e lamentações de telespectadores decepcionados com suas série favoritas, e reclamando de como elas deixam a desejar em alguns aspectos como excesso de personagens, falta de coesão narrativa, incoerências e furos no roteiro, soluções frágeis ou forçadas de barra, elenco irregular, atores fracos, queda de ritmo, perda de energia…

      …mais eu constato o que sempre se soube desde 2002:
      a única série de TV absolutamente PERFEITA é mesmo 24 HORAS.

      Nenhum fã reclama. E olha que tem os fãs mais exigentes, cultos e bem-informados.

      A cada temporada, fica melhor; mais inteligente, mais surpreendente, mais chocante, mais intrigante, mais assustadora, mais poderosa, mais forte, mais adulta, mais pesada e mais atual.

      Sempre debatendo a realidade de nossa época, debatendo problemas e desfazendo crenças.

      Só tem uma limitaçãozinha: é limitada a pessoas maiores de 21 anos com nervos MUITO fortes.
      E que não tenham problemas do coração, dos nervos ou de pressão.

      Porque 24 HORAS é uma obra-prima boa DEMAIS.

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